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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Vespa Asiática - Bombeiros de Viana do Castelo sinalizam 1.215 ninhos em três anos

Fotografia de Vespa Asiática
Os bombeiros municipais de Viana do Castelo sinalizaram 1.215 ninhos de vespa asiática, desde que a espécie foi detetada no concelho, em 2012, sendo que "só nos primeiros dez meses de 2015 foram destruídos cerca de 300 vespeiros".

Em comunicado de hoje, a Câmara Municipal da capital do Alto Minho explicou que, este ano, "cerca de 18 destes vespeiros foram destruídos por populares, e 272 pelos bombeiros municipais, estando validados mais 170 exemplares para destruição".

Entre novembro de 2012 e dezembro de 2014, foram registados 755 vespeiros, que foram destruídos, explicou o município.

De acordo com dados avançados em setembro à Lusa pela corporação, os bombeiros já percorreram 29.505 quilómetros para proceder à destruição ninhos de vespa velutina, como também é conhecida, maior e mais agressiva do que a espécie autóctone nacional.

No total, a corporação despendeu mais de 2.276 horas naquelas operações, que envolveram 586 homens, e representaram 547 saídas de viaturas.

A validação e destruição dos ninhos, feita através de incineração, são realizadas pelos bombeiros municipais, em parceria com o Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Viana do Castelo (CMIA).

A destruição ocorre sempre quando cai a noite, período em que as vespas fundadoras estão no interior das colmeias.

Dados da Associação Apícola Entre Minho e Lima (APIMIL) indicam que cada ninho pode albergar até 2.000 vespas e 150 fundadoras de novas colónias, que no ano seguinte poderão vir a criar pelo menos seis novos ninhos.

Segundo os apicultores, esta espécie, "mais agressiva", faz com que as abelhas não saiam para procurar alimento por estarem sob ataque, enfraquecendo as colmeias, que acabam por morrer colocando em causa a produção de mel.

Esta espécie predadora foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004.

Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir no final do seguinte. Fonte: DNOTICIAS.PT.