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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Afinal, a batata frita pode ser mais saudável do que a batata cozida

Afinal, a batata frita pode ser mais saudável do que a batata cozida

Fritar vegetais como a batata pode afinal, ser mais saudável do que se pensava. Um novo estudo apurou que os vegetais fritos em azeite virgem extra mantêm mais propriedades nutricionais benéficas do que quando são cozidos.

Esta investigação realizada na Universidade de Granada (UGR), em Espanha, partiu dos conceitos que temos sobre a dieta mediterrânica que tem os vegetais e o azeite como elementos imprescindíveis.

Tanto vegetais como azeite são ricos em antioxidantes que têm um importante papel no combate a doenças cardiovasculares e ao cancro. Entre esses antioxidantes estão os compostos fenólicos que têm ainda propriedades anti-inflamatórias e anti-coagulantes, ajudando a combater o envelhecimento celular (os chamados radicais livres).

A pesquisa da UGR visou testar a ideia de que, em função da forma como se cozinham os vegetais, as suas propriedades antioxidantes podem ser destruídas ou mantidas.

Assim, os investigadores centraram-se na batata, na abóbora, na beringela e no tomate, vegetais que definem como “representativos da dieta mediterrânica”, conforme se lê no comunicado da UGR sobre o estudo.

Estes vegetais foram então preparados de forma diferente. Uns foram fritos em azeite virgem extra, outros cozidos em água e outros cozidos numa mistura de água e azeite virgem extra.

Os resultados obtidos “mostram que a qualidade geral destes vegetais é substancialmente melhorada quando são fritos em azeite virgem extra“, refere a UGR, notando que os vegetais fritos deste modo “têm mais propriedades benéficas do que os seus homólogos cozidos”.

“Fritar vegetais em azeite virgem extra produz níveis maiores de fenóis naturais, antioxidantes que têm sido associados à prevenção de doenças crónicas como o cancro, a diabetes e a degeneração macular” que causa a cegueira, referem os autores da pesquisa publicada no jornal científico Food Chemistry.

Segundo a investigadora Cristina Samaniego Sánchez, uma das autoras do estudo, “como meio de transferência de calor, o azeite extra virgem aumenta a quantidade de fenóis nos vegetais, em contraste com outros métodos como cozer que usam um meio de transferência de calor à base de água”.

Por seu turno, “cozer não afecta significativamente os níveis de concentração” dos fenóis nos vegetais, nota a investigadora.

Cristina Samaniego Sánchez alerta todavia, que fritar os vegetais também “aumenta a densidade de calorias da comida, por causa da quantidade de azeite absorvida”.

Esta nova pesquisa vem sublinhar ainda mais as propriedades benéficas do azeite, mas também muda algumas das ideias que tínhamos como seguras – e constitui “um novo avanço” nos campos da nutrição e da ciência alimentar, realça a UGR. Fonte:ZAP.